quinta-feira, 23 de junho de 2016

ESCOLAS DE VOO LIVRE

O voo livre é um aero desporto que tem o seu regimento interno controlado por clubes e federações, a nível municipal, estadual, nacional e internacional.

A Agência Nacional de Aviação Civil- ANAC declara que a atividade não pode ser comercializada, sendo tolerada para fins de esporte e lazer.

A Confederação Brasileira de Voo Livre -CBVL controla o esporte a nível nacional, sendo a entidade responsável pelas habilitações de todos os pilotos.

A Federação Aérea Internacional - FAI- homologa as habilitações a nível internacional.

Atualmente, existem outras organizações que se formam no intuito de melhor controlar o esporte. No entanto, o único órgão que pode gerenciar a auto-regulamentação de todos os clubes e federações é a ANAC.

A antiga legislação aeronáutica, RBH104, reconhece o voo duplo para fins de instrução. Dessa forma, todo aspirante ao voo livre, seja para o simples voo duplo como para o curso de voo, deve registrar-se como aluno e cumprir a primeira aula. Atualmente, existe uma demanda turística que procura o esporte para o desfrute de um simples voo. Mesmo assim, em alguns clubes, assinam um contrato se colocando como alunos e assumindo todos os riscos do esporte, junto ao seu instrutor. A falta de uma legislação específica para o simples voo duplo, generaliza alunos do curso de voo e meros "passageiros".

Um clube de voo notório que melhor fiscaliza todas as atividades de voo duplo de instrução é o Clube São Conrado de Voo Livre - CSCVL-, localizado na Praia de São Conrado - RJ.  Nesse local acontece uma das maiores procuras para o esporte.

Existem, em outras localidades, do estado e do país, clubes que também exercem um melhor controle sobre a atividade de seus associados. No entanto, existem também pilotos que se intitulam instrutores e exercem a atividade, em lugares remotos e sem fiscalização.

A melhor forma de se reconhecer um instrutor, de fato, é solicitando a sua habilitação. Todo instrutor deve ter, no mínimo, o nível 4 e possuir, pelo menos, as carteiras da CBVL e do clube local.

sábado, 21 de maio de 2016

VOO DUPLO DE INSTRUÇÃO EM ASA DELTA E PARAPENTE-RJ

Em consequência da crise política no país e da baixa temporada ( mês de maio até outubro), a nossa equipe de voo livre estabelece um preço promocional para a instrução em voo livre ( asa delta e parapente ) nos seus voos duplos, o chamado " Voo Duplo de Instrução ". 

A instrução em voo livre é feita quando o aspirante ao esporte se cadastra na modalidade do voo duplo de instrução, escolhendo uma das duas modalidades distintas, asa delta ou parapente. O agendamento deve ser feito pelo contato whatsapp abaixo, deixando dados específicos como altura e peso, agendando a instrução com antecedência.

O preço normal do voo custa R$540,00 com a taxa de inscrição inclusa, além de fotos e vídeo de um ângulo. O preço normal da instrução completa ( 80 horas de curso ) custa R$ 10.000,00 e o aspirante tem direito a 05 voos duplos ao longo de todo o curso. O voo duplo de instrução é feito na área da Pedra Bonita-RJ, com aterrissagem na praia de São Conrado. A duração do voo duplo é de 10 minutos, podendo se prolongar ou diminuir de acordo com as condições de vento. Para essa modalidade, o aspirante não necessita experiência. É chamado de "voo de batismo" e a atividade pode ter somente desfrute panorâmico.

O aspirante ao curso de voo deve agendar aulas teóricas e práticas, ao tempo seu e do instrutor, de forma que todo o curso totalize 80 horas de duração. Ao término, já piloto nível 1, o aluno é  endereçado a um clube de voo livre de sua preferência, o qual o cadastrará nas demais instituições necessárias, a nível nacional e internacional. O instrutor, devidamente cadastrado nas instituições, homologa o aluno, que passa a ser piloto nível 2.


O preço promocional da nossa equipe tem o prazo determinado até o FINAL DE AGOSTO DE 2016. Tem o valor estipulado do voo duplo de instrução em R$ 350,00 sem nada incluso e de R$ 450,00 com fotos, vídeo e taxa de inscrição inclusos. A instrução completa de voo livre tem o preço de R$ 8.000,00 para alunos cadastrados até a data limite, ou seja, 31/08/2016. A senha para obter a promoção deve ser passada por whatsapp do número 21 99882 0745, com antecedência. Essa antecedência. tanto nos voos duplos como agendamento de cursos, é primordial à apresentação de serviços boa qualidade. O voo livre é um esporte que depende de boas condições climáticas.

Havendo mudança nas condições de vento, todos os voos serão cancelados. Se o aspirante houver efetuado a taxa de inscrição( R$ 40), a mesma não será devolvida. Essa taxa inclui acesso às dependências do clube e validade do seguro obrigatório.


Whatsapp 21 99882 0745   -    SENHA:    Promoção blog Local Pilot


Bons voos a todos!


José Emilio Cordeiro
Instrutor e Coodenador

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Esse vídeo mostra todo o voo, que o programa "Fantástico"-Rede Globo- utilizou para "encher linguiça" na reportagem principal. O programa não mostrou o "acidente" no pouso. Vejam o "acidente" noticiado pela repórter Lília Teles!

CARTA ENVIADA AO FANTÁSTICO- REDE GLOBO



Rio, 02 de \Abril de 2012.


À REDAÇÃO
Programa "Fantástico" - Rede Globo de Televisão.



Em referência a matéria sobre voo duplo de asa delta e parapente, atividade que acontece com mais frequência nas áreas da Pedra Bonita e praia de São Conrado, gostaria de esclarecer alguns pontos importantes e questionar o uso da minha imagem feita por essa emissora e um aluno-aspirante, que voou comigo na data em que aconteceu o acidente fatal na área de São Conrado. Senti-me constrangido pelo uso dessa imagem, em rede nacional, que coloca em evidência a seriedade do meu trabalho como instrutor, associando-me ao acidente e mencionando um acidente no pouso que não houve. Tanto não houve como, na reportagem, não foi mostrado as imagens do pouso, somente de decolagem e voo. 

O voo livre é um esporte, de risco, que existe há mais de trinta e cinco anos. A modalidade de voo duplo, apresentada como " Voo Duplo de Instrução", existe há mais de trinta anos. O termo "Voo duplo de Instrução" procura seguir a única legislação aeronáutica, a  RBH104, que viabiliza o esporte nessa modalidade. Também, não podemos classificar o nosso voo como "panorâmico" uma vez que não possuímos motor para fazer esse tipo de voo. Fazemos voo livre de acordo com as condições de vento, praticamos uma atividade aerodesportiva. Dessa forma, nossas aeronaves sempre serão "experimentais", pois nunca irão seguir os padrões de uma aeronave com motor.

Nunca obrigamos ninguém a fazer o voo duplo. Mesmo diante desse acidente fatal, as pessoas continuam procurando a nossa instrução para fazer um voo, um único voo, com desfrute panorâmico. Atendemos uma demanda turística que visita a área da Pedra Bonita com essa finalidade. Várias emissoras de televisão, nacional e internacional usufruíram do nosso "Voo Duplo de Instrução" nos últimos vinte anos. Fazemos parte do turismo dessa cidade.  Cobrar pela atividade é justo, seja ela comercial, instrucional ou sob qualquer outra denominação. O esporte é caro e não há como voar de graça com as pessoas simplesmente porque não fizeram uma legislação específica para o uso do dinheiro nessa atividade! Seguimos, sim, uma legislação aeronáutica  e não podemos ser taxados de "marginais",  "foras-da-lei" e outras denominações agressivas. Somos pais de família, pessoas de bem, sobreviventes no trabalho como qualquer ser humano! Sempre recebemos a imprensa, as redes de televisão, os alunos, os turistas com competência e respeito. Lamentamos profundamente esse acidente, o instrutor errou e mostramos o erro. Esse mesmo instrutor ainda está em estado de choque e deve se lamentar por não ter morrido também! Senhores repórteres, de bom caráter e juízo, os senhores conhecem bem a atividade.  Cobrar maior fiscalização é justo, é do nosso interesse. Mas agredir o esporte e seus praticantes não é correto, seja por qualquer motivo.

O advogado que realizou o voo duplo de instrução e se apresentou no programa " Fantástico"  preencheu todos os requisitos antes do voo, assumiu o esporte de risco e possui uma carteira com a validade de seis meses, para decidir continuar no esporte ou não. Recebeu todas as instruções necessárias para realizar aquele voo bem como todas as informações de segurança. Aliás, se não acatasse as instruções recebidas jamais poderia fazer uma decolagem tecnicamente perfeita e segura, como apresentado nas imagens. Se o programa "Fantástico" checasse o vídeo inteiro poderia constatar que o pouso também foi perfeito, contrariando o "imprevisto" mencionado pelo mesmo e o "acidente" mencionado na reportagem.

Essa reclamação visa somente esclarecer e solicitar esclarecimentos sobre a minha imagem profissional dentro do programa "Fantástico", o que está me trazendo constrangimentos no exercício da minha atividade de instrução.



Atenciosamente, 



Jose Emilio Cordeiro
Instrutor de Voo Livre 


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Homenagem para o livro do Curuminzinho

FRANCISCO DE ASSIS
Francisco de Assis. Esse nome é o mesmo do meu saudoso irmãozinho. Todos nós, irmãos, ganhamos nomes de santo. Acho que a energia divina se aproxima mais das pessoas com esses nomes ...
No quintal de casa apareceu um indiozinho, de cabelos compridos, com o nome de Francisco. Eu era criança, de mais ou menos, oito anos. No meio daqueles playboys que iniciavam o voo livre sempre apareciam garotos pobres que se vislumbravam com o esporte. Lembro-me que o padrinho desse indiozinho, de nome santo, era um cara chamado Carlos Alberto Dourado. Saudoso Beto Dourado, dizia-me que o trouxera do Amazonas, de uma tribo de lá...
O voo livre vivia, nessa época, uma era mágica. Vários campeonatos se faziam, várias marcas famosas se associavam ao esporte. Nessa época, as mulheres voavam, o esporte contagiava a sociedade de maneira plena e o voo livre era evidência na mídia. A Pedra Bonita se fazia conhecer pelo turismo no voo solo, voo duplo e nas caminhadas pela floresta. Nessa educação, nobre pela carona na boa vivência dos praticantes da época, cresceu curuminzinho. Adotado por Beto Dourado, Daniel Sabá, Guilherme Gama e outros. O trabalho era certo nos serviços de resgate, montagem e desmontagem das asas. A lembrança de criança ficava nas ondas dos "jacarés" da Praia do Pepino e nos "top Less", alegria dos meninos da nossa idade e comportamento feminino comum da época, naquele canto de praia! Mas o indiozinho crescia e se fazia piloto, numa escola de didática vasta, inspirando o voo livre na sua melhor forma! Hoje em dia, no "felling" dos pilotos de voo de instrução, pode se ver o estilo "curuminzinho" em muitas decolagens e aterrissagens. Esse estilo se caracteriza pela velocidade nos comandos, o que torna a manobra bonita de se ver e segura para quem pratica.
Curuminzinho viveu entre nós um galanteador, namorador e excelente piloto. No auge de sua carreira como piloto de voo duplo, usava três asas e fazia mais de dez vôos por dia. Levava qualquer um... pesado, manco, manco-medroso... suas decolagens eram uma perfeição em raça e técnica. Até hoje não se vê aterrissagem semelhante. Também não existe piloto igual. Seu acidente foi uma fatalidade... para nós, uma escola, para não acharmos que o mundo é sempre um mar de rosas. É preciso ter "maldade", desconfiança, medo... ficar sempre de olho nos parapentes, pois eles são lentos e voam olhando para o velame. Até hoje eles dividem desordenadamente o nosso pouso da areia. Somente os bons pilotos não nos oferecem perigos dessa natureza. É preciso estar atento sempre, não só com os maus pilotos de parapente mas com os de asa também! Creio que os acontecimentos principais em nossa vida está relacionado, mesmo, com o destino. Em nossa caminhada humana nesse planeta temos que honrar a existência de Deus! Às vezes, sofremos um pouco para podermos realmente nos enxergar. É essa fé, em dobro, que desejo ao irmão Curuminzinho... e fico feliz ao vê-lo lutando. Assim se mantém em sua fiel personalidade.
Em sua fase de galanteador, lembro-me de um final de dia, depois de vários vôos duplo, onde o indiozinho, malandro, trouxe-me as suas asas para que eu e um primo as guardássemos no aseiro. Dizia-nos que não poderia ajudar em virtude de um grande compromisso. Depois de guardarmos todas as suas asas, todo o seu equipamento, observamos que o tal compromisso importante era mais uma de suas galinhagens. O fusca, modelo "Itamar", prateado, estava parado no estacionamento. Planejamos, então, naquele final de tarde uma boa "peça" para recompensá-lo daquela "sufocada". Enquanto ele estava aos deleites com a sua amada, pegamos feijão preto e colocamos nas duas maçanetas da porta do fuscão. Completamos outras partes do carro com feijão e papel higiênico, simulando fezes. No "rack", colocamos varetas de bambu com folhas. Amarramos tudo no carro, que parecia uma árvore de natal! E ficamos aguardando, camuflados na moita do lado do carro estacionado. Estava escurecendo, quando chegou o casal... só ouvíamos aquela voz irada, baixinha, dizendo:
- Filhos- da - Puta!... Filhos-da-puta!!...
A menina, perplexa e assustada, abriu a porta do carona e gritou:
- Curumim, tem merda! É merda, Curumim!!...
A moita segurava os risos, pois se descobertos não poderíamos gozar de uma boa integridade física. O carro saia apressado, parecia uma floresta ambulante, só se via os faróis e os gritos internos... Pararam no estacionamento de visitantes para se refazerem e avaliarem melhor o que ocorrera. Confesso que ficamos escondidos uns dias pois a ira do Curuminzinho duraria mais de uma semana.
O acidente com o Curuminzinho emocionou bastante a comunidade do voo livre, principalmente o voo duplo. Ele era como o sol, estava sempre na praia, era parte daquela história. Respeitado como piloto, brincalhão, não fez inimigos. Sua vida era voar e jogar gamão. Humano, ajudava mais os menos favorecidos. Curumim, entre nós, era o moleque que alegrava qualquer situação. Depois do acidente, um grande feito que nos emocionou bastante foi a sua decolagem de duplo com o seu filho ainda bebê. Todos os braços de pilotos amigos queriam estar participando daquela decolagem. Empurramos a sua asa de rodas rampa abaixo. Decolou... perfeito... de duplo! ... grande Curuminzinho, escola de decolagem e pouso de muito de nós! Pousou perfeito, de barriga, num deslize técnico, parando a asa com perfeição. Para ele não importava o vento. Seus braços recompensavam a falta de qualquer brisa. O fato de decolar com o seu filho pequeno, na condição paraplégica em que se encontrava, não nos parecia loucura. Era o Curuminzinho, o que chamava para si a responsabilidade dos passageiros (hoje alunos) pesados! Estava ali o velho Curuminzinho, se reerguendo, na raça que todos nós temos que ter um dia, nos destinos desse mundo complicado.
As outras decolagens foram de voo solo (menas adrenalina para todos nós). Acho que lhe faltou verba para a manutenção de sua asa. Esses vôos do Curumnzinho, paraplégico, foi uma lição de vida para todos nós. Espero que esses relatos possam ter contribuído para que a sua história seja contada com todos os méritos. Deus abençoe a todos.
 
 
José Emílio Cordeiro.

domingo, 25 de dezembro de 2011

FACA DE DOIS LEGUMES!

Os pilotos de vôo de instrução de São Conrado são bons, habilidosos. A prática diária faz até os mais novos desenvolverem a boa habilidade. Mas 80% da qualidade do piloto cai quando se usa essa experiência para fazer o vôo duplo de instrução em condições evidentemente ruins, seja de decolagem, planeio ou aterrissagem... Às vezes, a gerência do Clube pode falhar na avaliação das bandeiras ou operação... nessas horas, a experiência e o valor dos veteranos deveria ordenar ao clube providências cabíveis, pois a nossa escola de vôo livre ainda se faz pela presença de pilotos, de solo e duplo, q mantém no esporte a sua real filosofia. Deus abençoe a todos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Rampa da Pedra Bonita. Obras na Estrada!

Parece que o Metrô-Rio realizará obras na estrada de acesso à Rampa da Pedra Bonita, um acordo com autoridades ambientais e prefeitura, uma forma de minimizar a visão do impácto ambiental pela nova linha. Uma espécie de troca, fazendo melhorias nas estradas de acesso às áreas do Parque Nacional da Tijuca.

Entre os usuários mais frequentes ainda se ouve "murmurinhos" de como será o processo da obra da estrada e os frequentadores do Parque. Alguns acreditam na linha dura das autoridades de fechar o acesso, ignorando o turismo local, sustentado pelo vôo livre e, até mesmo, os moradores históricos, que habitam a área da Pedra Bonita, antes de serem criadas todas as instituições que hoje regulamentam a área. Ambos com os seus direitos, amparados por leis.

O fato é que nenhuma obra, em vias de acesso frequente, pode interditar um local. As excessões são somente em casos extremos, que oferecm risco! Existem exemplos de várias obras realizadas pela prefeitura do Rio, em vias públicas, que apenas restringem mas nunca interditam. Obras estas muito importantes, diga-se de passagem, como a "Operação Asfalto Liso", que há muitos anos não se via! Essa atitude da Prefeitura do Rio merece,sim, ser melhor apreciada pela sociedade.

Acho que ainda não há um entendimento entre todas as partes envolvidas nessa ação, o que é uma pena, pois a obra certamente beneficiará todos!